...
E
só me faltava à inspiração!
Imaginei
que me sentar em um antigo lugar me traria lembranças... Eu estava correta.
Como
é bom poder sentir o mesmo perfume, o sol que embora seja o mesmo para todos é
singular ao se pôr neste lugar. E me sinto agraciada... Eu sou! Nem todas as
pessoas podem viver uma sensação mais de uma vez, mas eu?! Eu posso.
Ate
o som mão me incomoda! É bom poder ver que as coisas continuam muito
semelhantes a quando eu morava aqui. Sinto falto dessa nostalgia, que antes me
consumia e me dilacerava hoje me faz falta!
Falta
de ter “tempo” para sentar em baixo de um pé de pitomba e ler meus livros. Em
especial os romances e os baseados em fatos reais. Falta de quando o tempo
parecia, simplesmente, não passar!
Tudo,
exatamente tudo, ainda me chama a atenção com o mesmo olhar curioso que um dia
já possui... Mas hoje já não sinto a angustia da noite. Eu sei que quando o dia
raiar eu vou poder voltar ao meu lar.
Voltar
a meu mundo corrido, de falta de tempo, de verdade. Porque o que eu vivi fora
como um sonho, não em que tudo dava certo, mas que tudo era diferente do que eu
já tinha vivido.
Deste
lugar guardo e minha memoria momentos únicos, felizes, tristes, mas acima de
todas as coisas, levo comigo as pessoas que eu aprendi a amar ou a amar mais,
que aprendi a conviver e que me aceitaram da forma como eu sou.
A
ti rua em que morei, ficam as minhas saudações por aceitar uma clandestina, que
sou eu.
Em 31.05.12
Nenhum comentário:
Postar um comentário