quinta-feira, 31 de maio de 2012

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E só me faltava à inspiração!
Imaginei que me sentar em um antigo lugar me traria lembranças... Eu estava correta.

Como é bom poder sentir o mesmo perfume, o sol que embora seja o mesmo para todos é singular ao se pôr neste lugar. E me sinto agraciada... Eu sou! Nem todas as pessoas podem viver uma sensação mais de uma vez, mas eu?! Eu posso.

Ate o som mão me incomoda! É bom poder ver que as coisas continuam muito semelhantes a quando eu morava aqui. Sinto falto dessa nostalgia, que antes me consumia e me dilacerava hoje me faz falta!

Falta de ter “tempo” para sentar em baixo de um pé de pitomba e ler meus livros. Em especial os romances e os baseados em fatos reais. Falta de quando o tempo parecia, simplesmente, não passar!

Tudo, exatamente tudo, ainda me chama a atenção com o mesmo olhar curioso que um dia já possui... Mas hoje já não sinto a angustia da noite. Eu sei que quando o dia raiar eu vou poder voltar ao meu lar.

Voltar a meu mundo corrido, de falta de tempo, de verdade. Porque o que eu vivi fora como um sonho, não em que tudo dava certo, mas que tudo era diferente do que eu já tinha vivido.

Deste lugar guardo e minha memoria momentos únicos, felizes, tristes, mas acima de todas as coisas, levo comigo as pessoas que eu aprendi a amar ou a amar mais, que aprendi a conviver e que me aceitaram da forma como eu sou.

A ti rua em que morei, ficam as minhas saudações por aceitar uma clandestina, que sou eu.

Em 31.05.12

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